
Quantas vezes imaginei que vinhas ter comigo, me abraças e me dizias : _ Estou aqui!
Quantas vezes imaginei que me ouvias, que me olhavas, que me guiavas... Quantas vezes imaginei que chegavas perto de mim e no louvor de um gesto apagavas as minhas lágrimas...
Ás vezes quando te procuro intencionalmente não te encontro porque estás no acaso e vens quando menos se espera para nos mostrar que esta vida é tudo o que temos. Sofremos porque é assim que tem de ser, cada momento que vivemos tem um significado, nada é vão, tudo tem sempre uma explicação, sofremos porque precisamos de conhecer o sofrimento para crescer em amor.
Estás nas pequenas coisas, no essencial, na necessidade, num sorriso, num gesto, num olhar, em tudo aquilo que nos enche o coração...
Ás vezes sinto-me balançar no teu pescoço, cair seria fácil, morrer seria fácil, pisar o chão dos comuns seria fácil mas sinto uma força em mim que me impele a segurar-me e aí permanecer!
Ás vezes custa-me tanto navegar nas ondas fortes da vida, custa-me tanto sofrer, chorar, caminhar à deriva e às vezes julgo que tu não estás, que tu não és mais que mera imaginação... só mais tarde quando as ondas acalmam me dou conta que sempre aqui estás, tu és aquela onda que eu não antecipei, és a onda que me levou e arrastou, me envolveu, me entonteceu, aquela onda, a única onda capaz de me levar sempre na profundidade de um sorriso, na profundidade de um olhar...
Obrigada por me deixares balouçar no teu pescoço ou por, simplesmente, me deixares repousar no teu ombro
Nenhum comentário:
Postar um comentário