Este é o mar que se veste de vermelho,
convidado pelo ocaso do poema
para o baile do fim do dia.
Ei-lo à distância, abraçando a periferia
de um olhar que se perde nas falésias,
sorridente na brevidade da sua figura.
Poderia o ilhéu dar o salto inconsciente,
entregando-se ao sal rosado do seu vestuário,
curioso por provar a água do seu bordado...
Porém, resguarda-se no calor da terra,
pisando a ilha com a carne da sua loucura,
acorrentado às ervas que nascem no recolher das casas.
E suspira, como um anjo esquecido
na multidão solitária que percorre as ruas,
perguntando pelo lugar onde descansam as suas asas.
o nosso mar..o mar.. meu e teu
maria
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